Aos 13 anos, o santista Luiz Henrique dos Santos, começou a estudar mandarim. Hoje é professor da língua pela qual se apaixonou.
Em entrevista ao Ibrachina conta que mesmo sendo bem jovem, seu objetivo sempre foi profissional. “Entendo que se eu quisesse mudar a minha realidade financeira e profissional, deveria aprender a língua do futuro: o mandarim”. Ele dedicou-se aos estudos entre 2012 e 2017”, explica.
Amigo de filhos dos chineses da região e querendo aprender mais rápido a língua, fazia uma espécie de troca. “Para treinar a pronúncia, eu os ajudava nas tarefas escolares, como português e matemática, e eles corrigiam minha pronúncia e minhas construções gramaticais”, relata.
Também se envolveu com trabalhos voluntários nos finais de semana para os chineses da Baixada Santista e da capital paulista. “Logo o meu We Chat começou a borbulhar de mensagens e solicitações de amizade. Os chineses me pediam para ser amigo dos filhos deles, visitavam a minha casa e enchiam a geladeira de frutas”, relata.
Luiz Henrique se aproximou da comunidade chinesa e acompanhava pessoas em lugares que exigiam um português mais refinado, como em consultas médicas. Também traduzia contratos e ajudava na compra de estoques, entre outras tarefas.
Ao completar 18 anos, em 2017, estava decidido a fazer do mandarim sua carreira profissional. Passou a trabalhar como intérprete, acompanhando chineses em feiras de negócios em São Paulo.
“Sou completamente apaixonado pelos ideogramas e entendo que os alunos que não os estudam não entenderão plenamente questões gramaticais e seu uso dentro do idioma e da cultura”, assevera.
Almejando trilhar a carreira de professor, o santista estudou Letras. Posteriormente, buscou formação na área do design gráfico. Hoje em dia integra as duas em sua metodologia de ensino. Em aperfeiçoamento contínuo, em 2021 passou no nível mais alto da prova de proficiência HSK, sendo um dos únicos brasileiros que já conquistou esse diploma sem ter morado na China.
Ele ainda não teve oportunidade de visitar o gigante asiático, mas sua língua e cultura são parte integrante da rotina. “Sou professor de mandarim, professor de português para chineses e designer educacional com ênfase na língua chinesa. Também atuo como tradutor e intérprete. Por isso, diariamente leio e estudo novos livros em mandarim”, ressalta.
Responsável pela Escola Santista de Mandarim, que oferece cursos presenciais, Luiz Henrique mantém o curso online Chinês de Verdade. Nas redes sociais, ilustra e explica os caracteres, dá dicas, fala de curiosidades da língua e promove com frequência lives sobre educação, cultura e mercado de trabalho.
“Integrei meu projeto pessoal de explicação da origem dos ideogramas no site laoshi.com.br com o método Chinês de Verdade, desenvolvido pelo professor Artur Rodrigues, visando ampliar o alcance e a visibilidade do ensino de mandarim para brasileiros. Com isso, também integro o design educacional com o aprendizado de mandarim”, conta, lembrando que mais de 100 de seus alunos passaram em testes de proficiência da língua chinesa.
Para o professor, as relações Brasil-China vão continuar crescendo e dominar o mandarim pode mudar a vida financeira e profissional de muitos brasileiros, porque naturalmente essa demanda aumentará.
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