O Dia Internacional da Língua Materna é celebrado anualmente dia 21 de fevereiro. A data foi criada pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1999. Seu objetivo é promover a diversidade linguística e cultural entre as diferentes nações.
Um dos focos do Chinese Bridge Club é difundir a cultura chinesa no Brasil e isso passa diretamente pelo mandarim, estabelecido como idioma oficial da República Popular da China em 1956. Também é uma das seis línguas oficiais da ONU; as outras são o árabe, o espanhol, o francês, o inglês e o russo. Além disso, a ONU celebra o Dia da Língua Chinesa todos os anos em 20 de abril. Então, o mandarim pode ser chamado de “chinês padrão”.
Mandarim X língua chinesa
Embora muitas vezes o mandarim seja chamado de “chinês” ou de “língua chinesa”, na verdade é a língua predominante da etnia han, que compõe mais de 90% da população da China atual.
Trata-se de uma língua muito antiga, mas a sua forma moderna começou a se estabelecer durante as dinastias Ming (1368–1644) e Qing (1644–1912). Além da China, é falado por parte da população de países como Malásia, Indonésia e Cingapura.
O mandarim não usa um alfabeto, como o português, mas caracteres que representam unidades de sentido. Por exemplo, 好 (hao) significa “bom” e 吃 (chi) significa “comer”, juntos formam a palavra 好吃 que significa “saboroso”.
Desde 1958, o pinyin, sistema de transliteração para o mandarim padrão que emprega o alfabeto latino, facilita a aprendizagem da pronúncia por não-nativos. Por exemplo, o número 5 escreve-se “五”, mas no pinyin se transcreve como “wǔ”.
Outros idiomas e dialetos falados na China
Ao longo de sua história milenar, o vasto território da China moderna acabou reunindo 56 etnias diferentes. Uma delas, a etnia han, compõe 90% da população. os demais, grupos, chamados de “minorias étnicas”, têm línguas e culturas próprias. São registrados 81 idiomas na China, considerando os dialetos. Sendo assim, não é raro encontrar chineses que falem o mandarim e mais uma língua étnica.
Desse grande grupo, 49 idiomas levam o nome do povo que o utiliza. Por exemplo, a língua zhuang é falada pelos zhuang, a dai pelos membros da etnia dai e assim por diante.
Assim, a “língua chinesa” na verdade é, na verdade, uma família linguística com 10 idiomas relacionados. Apesar da origem comum, eles se diferenciam na fonética, em parte do vocabulário e na gramática. Uma situação semelhante é a das línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês e o italiano. todas descendem do latim e têm muitas palavras palavras em comum, mas nem sempre seus falantes se entendem mutuamente.
Os 10 idiomas que compõem o grupo linguístico chinês são: Wu, Gan, Xiang, Min, Hakka, Yue, Jin, Huizhou, Pinghua e o Mandarim. Cada uma dessas línguas regionais é subdividida em variantes locais, ou dialetos, que podem ser inteligíveis ou não entre si.
Depois do mandarim, algumas das principais línguas regionais chinesas são o Wu, falado em Shanghai e Zhejiang, o Yue, falado em Guangdong, e o Min, falado em Fujian e Taiwan
É importante lembrar que há grupos étnicos chineses que são maioria em outros países asiáticos e, por isso, falam sua língua, como o coreano (Coreia do Sul e do Norte), o cazaque (Cazaquistão), o mongol (Mongólia), o uzbeque (Uzbequistão) e até o russo (Rússia).
Esse mapa dá uma ideia geral sobre as línguas faladas na China