Foto de capa: Diego Peres/Secom
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O número de pessoas recuperadas da COVID-19 em todo o mundo ultrapassa os 1,6 milhão. Os dados são da Universidade John Hopkins, que desde o início da pandemia, monitora os dados de pessoas infectadas, de óbitos e de pessoas que recebem alta dos hospitais. A infecção causada pelo novo coronavírus já contagiou mais de 4,7 milhões de pessoas no planeta. A expectativa é que boa parte dessas pessoas se junte aos recuperados já nas próximas semanas.
No caso dos doentes confirmados por critério laboratorial, a OMS considera recuperados aqueles que tiveram dois resultados negativos para o vírus com pelo menos um dia de intervalo. Já nos casos leves de COVID-19, a organização estima que o tempo entre o início da infecção e a recuperação dure até 14 dias.
O Ministério da Saúde informa que, no caso do Brasil, o número de recuperados considera os dois critérios da OMS. De um lado, entram na conta pacientes com infecções mais graves que foram internados e passam por novos testes para identificar se o vírus continua ativo no organismo. Do outro, estão os pacientes com casos leves, que entram na conta de recuperados quando não apresentam mais os sintomas após 14 dias do início da infecção.
As duas vacinas desenvolvidas no Brasil incluídas no rol de substâncias que a OMS listou como mais promissoras em todo o mundo estão nas mãos de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais. Há 120 vacinas estudadas em países diversos e oito delas estão em estágio de testes clínicos. As brasileiras estão na fase de desenvolvimento em bancada e a previsão para que sejam testadas clinicamente é o fim de 2021.
As vacinas concebidas por pesquisadores em Minas estão na etapa de desenvolvimento para posteriormente seguir para o teste pré-clínico, realizado em animais, e para o clínico, quando é testada em humanos. Na fase atual, é feita a “montagem” da fórmula na bancada do laboratório.
A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou nesta segunda-feira (18/05) ter obtido resultados “positivos preliminares” na fase inicial de ensaios clínicos de sua vacina contra o novo coronavírus. Os testes foram feitos em um pequeno número de voluntários. Segundo a empresa, a vacina produziu resposta imune em oito pacientes que a receberam, afirmou a agência de notícias France Presse.
Entretanto, o Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber a vacina desenvolvida por outros países. Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o país sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o COVID-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.
A iniciativa já recebeu bilhões em investimentos feitos por diversos países. Ao ficar de fora do grupo, o Brasil tira a oportunidade da Fiocruz e da indústria brasileira participarem de alguma etapa do processo produtivo. Isso provocaria a não-prioridade para recebimento da vacina, impediria a influência sobre a questão de preços e faria o Brasil enfrentar condições inferiores.
A vacinação contra o coronavírus é uma prioridade global para acabar com a pandemia. Na sexta-feira passada (15/5), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse esperar ter uma vacina contra o vírus até o final deste ano.
China se compromete a compartilhar vacina e alocar US$2 bi no combate ao vírus
O presidente chinês Xi Jinping se comprometeu a compartilhar uma eventual vacina e alocar US$2 bilhões para a luta global contra a COVID-19. A declaração foi feita por uma mensagem de vídeo transmitida na 73ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na qual Xi garantiu ser a favor de uma “avaliação completa” e “imparcial” da resposta global ao novo coronavírus, uma vez que a epidemia for interrompida.
A China, o primeiro país a declarar casos da Covid-19 no final do ano passado, é acusada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de demorar a avisar a comunidade internacional e tomar medidas.
Países impõem nova quarentena depois de aumento de casos pós-reabertura comercial
Depois de enfrentar semanas de lockdown por causa do novo coronavírus, com escolas e comércios fechados, além de restrições para pessoas e carros nas ruas, alguns países, como a China, afrouxaram regras, permitindo a reabertura de negócios. Entretanto, as decisões impulsionadas majoritariamente por pressão econômica diante de desemprego e péssimos resultados, não se sustentaram.
Na China e na Coreia do Sul, por exemplo, novos casos forçaram algumas regiões a retomarem regras mais rígidas de quarentena, temendo que a pandemia fugisse novamente do controle e a curva voltasse a ascender. Um caso coreano também preocupou as autoridades: um homem de cerca de vinte anos teria frequentado várias casas noturnas na mesma noite. Ele foi, logo depois, diagnosticado com o coronavírus. O governo coreano corre para tentar encontrar as cerca de 1.500 pessoas que teriam tido contato com ele nessas festas.
Alemanha, Irã, Arábia Saudita e Líbano também voltaram atrás e recolocaram regras de isolamento social após um período de isolamento rígido.
Coronavírus no Brasil
Pesquisadores que acompanham a evolução da doença no estado de São Paulo alertam que a curva de mortes causadas pela doença, que chegou a entrar em processo de achatamento, teve forte aceleração nos últimos 15 dias. Os cientistas admitem a possibilidade de que o vírus não cause um pico de contaminação, mas sim um platô, como os especialistas classificam uma situação de pico contínuo, que demora a cair. Nesse caso, o número de novos casos por dia se mantém alto por várias semanas seguidas e a capacidade da rede hospitalar se esgota, levando ao colapso do sistema.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em sessão extraordinária virtual o projeto de lei que permite a antecipação de feriados municipais na cidade de São Paulo por meio de decreto do poder Executivo durante a pandemia. Até agora, 36 vereadores votaram a favor e 14 votaram contra, mas a sessão ainda está em andamento. O objetivo da proposta enviada pelo prefeito Bruno Covas é aumentar o isolamento social por meio de um “feriadão” nesta semana. Covas afirmou que o feriado prolongado será desta quarta-feira (20/05) até o domingo (25/05). Para isso, os feriados de Corpus Christi e da Consciência Negra seriam adiantados.
Terminou hoje o esquema de 11 bloqueios parciais em 10 bairros do Rio de Janeiro, dentro do pacote de medidas anunciadas pela Prefeitura para conter o coronavírus. A medida foi determinada por um decreto do prefeito Marcelo Crivella há uma semana, na tentativa de conter o aumento da curva de casos de COVID-19 na capital. O decreto estipulava ainda a proibição de apostas em lotéricas e o fechamento de bares.
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