Foto de capa: Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria
A Organização Mundial de Saúde contabiliza atualmente 141 candidatas a possíveis vacinas contra a COVID-19 – 13 delas em fase clínica, ou seja, sendo testadas em humanos. O Brasil, segundo país com mais mortes pela doença em números absolutos, consta da lista da OMS com dois estudos em fase pré-clínica.
Mas o país tem ainda outras pesquisas em fases preliminares em universidades e laboratórios nacionais, além de duas parcerias importantes – uma com a Universidade de Oxford e outra com o laboratório chinês Sinovac – para a fase 3 em humanos, que testarão 11 mil brasileiros.
No desenvolvimento de vacinas, existe a fase pré-clínica (com testes na placa e depois em animais) e três etapas de fase clínica (em humanos), que abrangem mais pessoas e metodologias diferentes em cada passo dado (1, 2 e 3) para encontrar as melhores formulações e periodicidades.
Em mais uma etapa da ampliação de testes para diagnóstico do novo coronavírus, o governo de São Paulo anunciou que vai testar mais de 233 mil pessoas de populações mais vulneráveis do estado – indígenas, quilombolas, moradores de comunidades carentes e idosos moradores de abrigos -, servidores públicos de serviços considerados essenciais e profissionais do sistema penitenciário.
O aumento de testagem no estado será coordenado pelo Instituto Butantan, em parceria com outras secretarias do estado e com o Centro Paula Souza. Segundo o diretor do Instituto Butantan, serão feitos testes sorológicos, os chamados testes rápidos, do tipo IgM/IgG, para identificar se a pessoa já teve contato com o vírus e se desenvolveu anticorpos. Para as pessoas que apresentam sintomas ou tiveram contato com pacientes confirmados para COVID-19 o exame indicado é o de RT-PCR, que aponta a presença do material genético (RNA) do vírus.
O retorno do coronavírus a Pequim fez as autoridades daquele país adotarem medidas que poderão afetar as exportações brasileiras de carnes para a China. O vírus teria passado por uma mutação na Europa e chegado à China no salmão. Por isso, os chineses estão acelerando a inspeção de alimentos frescos e de carnes congeladas.
Com essas exigências, os importadores terão de fazer testes em amostras de carne no desembarque, o que tornam incertas as importações. Até que as coisas fiquem mais claras, os importadores chineses estão solicitando um retardamento nos embarques brasileiros, segundo alertou comunicado da Embaixada do Brasil em Pequim.
Na Itália, um estudo do Instituto Nacional de Saúde concluiu que o novo coronavírus já circulava na água de esgoto de Turim, Milão e Bolonha em 18 de dezembro de 2019. O Instituto Superior de Saúde analisou águas residuais, coletadas bem antes da manifestação da COVID-19 na Itália, que começou em 21 de fevereiro. As amostras colhidas em purificadores dos centros urbanos, no norte do país, revelaram a circulação do vírus na população.
O Instituto Superior de Saúde disse que os resultados ressaltam a importância da água de esgoto como uma ferramenta de detecção precoce de doenças, porque pode sinalizar a presença do vírus antes que os casos sejam confirmados clinicamente.
A estação mais fria do ano começou neste sábado, as temperaturas tendem a ficar mais baixas e os cuidados com a disseminação de doenças respiratórias, incluindo a COVID-19, devem ser redobrados. Os ambientes ficam mais fechados, com menos circulação de ar, e facilitam a dispersão dos vírus que se propagam pelas gotículas.
O doutor em enfermagem Cristiano Caveião explica que manter os ambientes ventilados, intensificar as medidas de higienização das mãos e vestir-se adequadamente podem auxiliar neste momento. “É importante também manter uma boa hidratação corporal com a ingestão de líquidos, e uma alimentação balanceada, rica em vitaminas. E claro, além de tudo isso, seguir as medidas preventivas já estabelecidas para o coronavírus” completa.
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