Foto de capa: Cristobal Marambio
O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, afirmou na noite de ontem que as vacinas da covid-19 produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech devem chegar hoje ao Brasil. Os imunizantes serão usados na fase 3 de um estudo que avalia, entre outros aspectos, a segurança e eficácia do produto em pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Os testes, que devem começar no próximo dia 20, serão realizados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul mais o Distrito Federal.
Procedente da China, chegou ao Brasil o 38º voo trazendo um carregamento de máscaras importadas pelo governo federal para o combate ao novo coronavírus. O avião, que pousou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com quatro milhões de máscaras N95, modelo mais indicado para proteger profissionais de saúde expostos ao vírus, foi recebido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Desde 6 de maio, o país já recebeu 237 milhões de máscaras cirúrgicas e também do tipo N95 de um total de 240 milhões de unidades adquiridas pelo Ministério da Saúde.
Pesquisas recentes observaram uma grande diminuição dos anticorpos contra a Covid-19 pouco tempo após a recuperação da doença. Mas outras células de defesa do corpo, os linfócitos T, podem ajudar no combate ao novo coronavírus. Uma pesquisa publicada nesta semana na revista científica Nature encontrou sinais de resposta imune relacionada aos linfócitos T prolongada em pacientes que foram contaminados com o Sars (síndrome respiratória aguda grave) há 17 anos.
Os cientistas responsáveis pelo estudo também observaram resposta imune, mais uma vez relacionada aos linfócitos T, cruzada entre o novo coronavírus e o Sars. Além disso, “surpreendentemente, também detectamos linfócitos T específicos para coronavírus em pessoas sem histórico de Sars, Covid-19 ou contato com pacientes de Sars/Covid-19”, afirmam os autores do estudo.
Um grupo de médicos e cientistas está pedindo ao governo dos Estados Unidos que inclua americanos negros, latinos e indígenas no projeto e implementação dos testes de vacinas contra a Covid-19, na esperança de criar confiança entre essas populações de risco. Sem essas ações, as populações mais necessitadas da vacina podem se tornar relutantes em tomá-la, disseram Richard Baron, executivo-chefe do Conselho Americano de Medicina Interna (ABIM) e colegas, em uma carta aberta vista pela Reuters ao chefe da Operação Warp Speed, o programa da Casa Branca criado para acelerar o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. Para criar confiança, Baron diz que os pesquisadores do governo precisam incluir líderes comunitários e religiosos para ajudar a configurar tudo, desde o desenvolvimento de vacinas, distribuição até estratégias de comunicação e torná-las visíveis publicamente.
Apesar do grande fluxo de visitantes estrangeiros no início do ano, muitos vindos de países gravemente atingidos pela doença, a Tailândia registrou menos de 3.200 casos e 58 mortes pela Covid-19. Na quinta-feira, o país chegou à marca de nenhum caso de transmissão local por sete semanas. Ninguém sabe exatamente por que a Tailândia foi poupada.
Wiput Phoolcharoen, especialista em saúde pública da Universidade Chulalongkorn, em Bancoc, está pesquisando um surto de coronavírus no sul do país. Ele observou que mais de 90% dos que deram positivo foram assintomáticos, muito acima do normal. “O que estamos estudando agora é o sistema imunológico”, disse.
“Eu não acho que se trata apenas de imunidade ou genética”, afirmou Taweesin Visanuyothin, porta-voz do Ministério de Saúde da Tailândia para assuntos da Covid-19. “Tem a ver com cultura. O povo tailandês não tem contato corporal quando se cumprimenta”.
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