Foto de capa: Fernando Souza
A Prefeitura do Rio informou neste sábado (25/07) que a festa de réveillon do Rio está cancelada por causa da pandemia de Covid-19. A informação foi divulgada pela Riotur, empresa de turismo da Capital Fluminense. Em 2019, 3 milhões de pessoas acompanharam a festa da virada em Copacabana.
O anúncio do cancelamento da festa de réveillon acontece um dia após a Prefeitura de São Paulo anunciar o adiamento do carnaval de 2021 da cidade. No Rio, algumas escolas de samba também afirmaram que seria “inviável” realizar os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí sem uma vacina contra Covid. Decisão sobre a apresentação das escolas do Grupo Especial em 2021 ficou para setembro.
A prefeitura informou que a celebração “não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina”. Além disso, o governo municipal “segue concentrando os esforços para salvar vidas e controlar a pandemia”.
A falta de controle na pandemia vem provocando impactos nacionais e internacionais para o Brasil. Nesta sexta-feira (24), a Fórmula 1 anunciou o cancelamento do Grande Prêmio do Brasil, que seria realizado no Autódromo de Interlagos em 15 de novembro. É a primeira vez que o Brasil ficará fora do circuito desde 1972. Diante da notícia, a prefeitura de São Paulo anunciou o cancelamento do desfile das escolas de samba no carnaval e da parada LGBTQ+.
Uma nova pesquisa conduzida pelo Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) com pesquisadores de vários centros de pesquisa brasileiros e britânicos, publicada nesta semana na revista Science, mostrou o quanto a demora do Brasil em controlar o acesso ao país pode ter contribuído para a perda do controle da pandemia de Covid-19. O estudo conclui que o país teve 100 entradas diferentes do coronavírus no país.
A maior parte dessas introduções do vírus em território brasileiro aconteceu entre o fim de fevereiro e março, principalmente por meio de viajantes dos Estados Unidos e da Europa. Não fica claro se foram visitantes desses países ou se eram brasileiros retornando de viagem, como no caso das primeiras infecções confirmadas no país.
A revelação mostra que a decisão de fechar as portas para viajantes que estiveram na China nos primeiros meses da pandemia deu resultado, mas não foi o suficiente quando ficou evidente que o vírus já havia se espalhado para outros países com fluxo de viagens mais constante com o Brasil.
“É cedo para dizer que a covid-19 vai se tornar, mesmo no Brasil, uma doença endêmica e terá outros ciclos”, disse Mariângela Simão, diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde. Em entrevista, ela afirmou que tudo dependerá, por exemplo, de como caminhará o processo de produção de uma vacina que combata o vírus.
“Ninguém pode afirmar nada por enquanto. Acho que quem está falando isso [que a doença pode permanecer sem controle] se baseia nos ciclos da influenza, que todos os anos apresenta algumas variações no vírus, e há permanência na comunidade. Esse vírus é muito diferente da influenza. Então, é cedo para dizer que vai se tornar endêmico no mundo, e todo ano haverá ciclos”, disse a especialista.
O campeonato de futebol chinês foi retomado neste sábado, após uma interrupção de cinco meses devido à pandemia de coronavírus, prestando homenagem às vítimas com um minuto de silêncio. De cabeça baixa, os jogadores respeitaram esse minuto simbólico em memória das vítimas da COVID-19 e dos profissionais de saúde.
A partida de retomada foi entre o atual campeão, Guangzhou Evergrande, treinado pelo italiano Fabio Cannavaro, e o vencedor da Copa, Shanghai Shenhua. O jogo aconteceu a portas fechadas em Dalian (nordeste), uma das duas cidades de Suzhou (leste) que sediará as partidas da China Super League (CSL) nos próximos dois meses, sem público.
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