Foto de capa: Sergio Moraes
A Índia ultrapassou o Brasil e se tornou nesta segunda-feira (7) o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano. O país chegou a 4,2 milhões de infecções pelo novo coronavírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 6,4 milhões de casos confirmados.
O Brasil tem 4,13 milhões de infectados, mas é um dos países que menos testam no mundo, o que contribui para que o número de casos notificados seja menor do que os que existem de fato. Além disso, a população da Índia é cerca de 6 vezes maior que a do Brasil: são 1,3 bilhão de habitantes, contra 210 milhões no Brasil.
Em um estudo publicado em agosto no periódico científico American Journal of Preventive Medicine (AJPM), um grupo de pesquisadores avaliou os cenários mínimos para que uma estratégia de imunização em massa contra a Covid-19 seja bem-sucedida. Utilizando um modelo de simulação de computador, que considerou características do novo coronavírus (como a taxa de infecção), os pesquisadores estimaram que, se 75% da população for vacinada, o imunizante deve ter eficácia de ao menos 80% para acabar com a epidemia e de 70% para prevenir uma nova onda de contágio em locais já controlados. Se 60% da população for imunizada, a eficácia teria que ser de 100% para acabar com a epidemia e de 80% para evitar uma nova onda.
Na semana passada, a declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro de que “ninguém pode obrigar ninguém” a receber a vacina preocupou entidades e especialistas, que veem na campanha ostensiva de imunização a solução para a pandemia no país.
Cães farejadores podem indicar a presença do novo coronavírus em seres humanos. Essa é a hipótese de uma pesquisada realizada no Brasil e que teve sua primeira fase concluída com sucesso. Os resultados da análise da UFRPE – Universidade Federal Rural do Pernambuco estão em fase final e devem ser publicados em breve em artigo apontando a capacidade superior a 90% do animal identificar quem está com Covid-19.
Na primeira fase dos testes foram 100 amostras enviadas para o Centro de Treinamento de Cães, em Campo Limpo Paulista (SP). Lá, dois cães foram designados para começar a identificar o odor em chumaços de algodão com suor extraído da axila de pessoas com e sem Covid-19.
Enquanto em outros continentes o número dos contágios e óbitos explodiam, a África foi poupada de uma alta taxa de mortalidade pelo coronavírus. E isso, apesar de, em cidades como Dacar ou Lagos, os cidadãos se acotovelarem, muitos viverem na pobreza e em condições de higiene preocupantes.
Um grupo de cientistas publicou na revista Science uma análise dos possíveis motivos para esse transcorrer relativamente brando da pandemia na região. Um dos fatores apresentados é que “medidas como restrições de viagens, toques de recolher e fechamento de escolas foram aplicadas cedo na África, em comparação com outros continentes – muitas vezes ainda antes de o país ter sequer um único caso de Covid-19”.
Os autores do relatório atribuem essa disposição para tomar medidas precoces às experiências de várias nações africanas com doenças infecciosas como ebola ou a febre hemorrágica de Lassa: a reação rápida muito provavelmente resultou numa propagação mais lenta da moléstia.
Para dar maior segurança aos passageiros na hora de viajar, companhias aéreas e aeroportos têm investido em tecnologias para evitar contatos interpessoais e aglomerações. Entre as medidas adotadas por empresas que operam no Brasil está o tapete virtual, tecnologia de projeção em realidade aumentada no chão da área de embarque. Especialistas lembram que o artifício ajuda a mudar algo cultural do brasileiro. “Quanto mais puder equacionar pessoas para não se acumularem, melhor. Brasileiro é ansioso para entrar na fila do avião. Isso é fantástico. Mas é importante haver separação e distanciamento nos bancos e nas salas de embarque”, afirma Alexandre Barbosa, membro titular da SBI – Sociedade Brasileira de Infectologia.
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