Foto de capa: Xinhua/Xiao Yijiu
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, em sua página no Facebook que o Brasil não irá comprar “a vacina da China”. Ontem, o Ministério da Saúde havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. A empresa tem um acordo com o governo de São Paulo para fornecimento da vacina pronta e, também, para a transferência da tecnologia de produção para o Instituto Butantan.
Nesta quarta, após o post de Bolsonaro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que “não há intenção de compra de vacinas chinesas” contra a Covid-19. “Não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou seu governador no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19”, completou.
O número de mortes de brasileiros por Covid-19 tem caído mas, em outubro, estima-se mais óbitos no Brasil – que possui 212 milhões de habitantes – do que na União Europeia, que tem 447 milhões de habitantes, conta com uma população mais velha e enfrenta uma segunda onda da pandemia.
Considerado os dados dos países da União Europeia, do Brasil e do Reino Unido, um levantamento do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) aponta que o Brasil é o terceiro com o maior número de mortes por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas.
O Brasil fez 11,5% menos testes diagnósticos de Covid-19 em setembro do que em agosto, apontam dados preliminares do Ministério da Saúde: foram aproximadamente 945 mil testes do tipo PCR realizados no mês passado contra mais de 1 milhão em agosto.
Os dados ainda podem mudar devido ao tempo de atualização dos resultados. O período entre agosto e setembro é, entretanto, o primeiro a registrar queda na quantidade de testes feitos desde o início da pandemia.
Os testes do tipo PCR, também conhecidos como testes moleculares, são aqueles que detectam o genoma do vírus (o RNA viral) na amostra – ele é considerado o “padrão ouro” e serve para o diagnóstico de fato, porque, se o genoma do vírus é encontrado na amostra, a pessoa está infectada.
A Comissão Nacional de Saúde da China afirmou na última terça-feira (20) que o país ainda está sob “enorme pressão” com os riscos de casos importados da Covid-19 e, por essa razão, tem vacinado centenas de milhares de pessoas com fórmulas experimentais contra o novo coronavírus sob aprovação emergencial. O diretor do Centro de Desenvolvimento para Ciências Médicas da pasta, Zheng Zhongwei, afirma que a medida tem a aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e segue deliberações rigorosas de especialistas em imunizações e ética em saúde.
Zhongwei, no entanto, não detalhou quantas pessoas já foram imunizadas na nação asiática. Ao todo, três imunizantes receberam autorização emergencial da comissão: dois produzidos pela China National Biotec Group Co., subsidiária da estatal Sinopharm, e a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biotech e testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. Todas ainda estão na fase de testes clínicos para atestar não apenas a eficácia contra o Sars-CoV-2, como também sua segurança.
O governo irlandês decretou ontem um novo bloqueio nacional, que obriga os cidadãos a permanecerem em casa, na tentativa de conter a propagação do novo coronavírus. Com isso, a Irlanda se tornou o primeiro país da União Europeia a retomar o lockdown diante da segunda onda da covid-19 no continente. Em pronunciamento televisivo, o primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, informou que bares, restaurantes e comércios não essenciais fecharão suas portas por pelo menos seis semanas. Os estabelecimentos só poderão fazer venda para viagem.
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