Até poucas semanas atrás, a curva do coronavírus no mundo não parava de subir. Com alguns pequenos altos e baixos, os novos casos diários de abril do ano passado aumentaram em comparação com os de março de 2020; os do verão europeu superaram os da primavera e o inverno bateu todos os recordes. Mas a direção da curva mudou. Pela primeira vez desde o surgimento da Covid-19, caminha para seis semanas consecutivas de declínio de novos casos e três de mortes, o que não pode mais ser considerado um artifício estatístico: trata-se de uma tendência clara.
A má notícia é que, como vimos com as curvas de cada país, as quedas não são definitivas. Até esta última onda, falando do vírus, tudo o que desce acaba subindo. E isso, na opinião dos especialistas consultados, é o que provavelmente acontecerá com o mundo depois do declínio do que, somando todos os dados globais, poderia parecer uma única onda enorme de lento avanço que agora recua rapidamente.
Na primeira semana da campanha de vacinação em massa contra Cvid-19 em idosos, o Chile já havia ultrapassado o marco de um milhão de pessoas imunizadas. De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde do país, 2.375.725 pessoas foram imunizadas no Chile até o dia 16 de fevereiro.
A meta do governo chileno é vacinar os maiores de 65 anos antes de 19 de fevereiro para que toda a população que faz parte do grupo de risco — incluindo pacientes crônicos e profissionais de saúde — seja imunizada no primeiro trimestre de 2021, de modo a vacinar 15 milhões dos 19 milhões de habitantes do país até julho.
O coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, disse à imprensa brasileira que o estado pode endurecer as medidas de restrição após casos da cepa de Manaus serem registrados em Araraquara. A cidade do interior paulista vive uma “situação dramática”, como relatou o prefeito Edinho Silva (PT) após decretar lockdown no município.
Gabbardo explicou nesta segunda-feira (22) a transmissão comunitária das variantes de Covid-19, que passaram a ocorrer entre pessoas que não foram, nem tiveram contato com quem foi a Manaus, por exemplo. Isso significa que o “vírus já está com transmissão elevada”. Ele afirmou ainda que as novas ações restritivas para o estado devem ser anunciadas já nos próximos dias.
O Brasil completa nesta segunda-feira (22), 32 dias consecutivos com média de mortes em decorrência da Covid-19 acima de mil, o período mais longo de toda a pandemia. Com 554 novas confirmações nas últimas 24 horas, a média de óbitos nos últimos sete dias é de 1.038. O levantamento é do Consórcio de Veículos de Imprensa, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. Os números não indicam quando as mortes ocorreram, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais.
O balanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil aponta que 5.853.753 de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 2,76% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 1.172.208 pessoas (0,55% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 7.025.961 doses foram aplicadas em todo o país. A informação foi divulgada no último domingo (21) e é resultado de uma parceria do Consórcio de Veículos de Imprensa.
Em diversos países do mundo a aplicação das primeiras doses levou a um aumento do apoio às campanhas de imunização. A mudança foi tão grande que, em alguns locais, o que antes era uma maioria antivacina se transformou em menos de um mês em minoria.
É o caso da França, onde 58% da população rejeitava o imunizante, segundo um levantamento feito nos dias 22 e 23 de dezembro pelo instituto Odoxa com a consultoria Backbone para os veículos Le Figaro e Franceinfo. A pesquisa indicava que um dos principais motivos apontados pelos entrevistados era que “não se vacinar é uma decisão razoável tendo em vista uma nova doença e uma nova vacina”.
Pressionado pelo atraso na vacinação e diante de cláusulas impostas pelos laboratórios, o Ministério da Saúde decidiu pedir ajuda e compartilhar com o Palácio do Planalto a responsabilidade de comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen.
A pasta divulgou uma nota na noite do último domingo (21) na qual afirma que mantém interesse em comprar as vacinas dos dois laboratórios americanos, mas afirma que as propostas apresentadas vão “além da sua capacidade de prosseguir negociações” e por isso solicitou orientação à Casa Civil da Presidência.
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