Foto de capa: Vincent West/Reuters
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O levantamento da Universidade Johns Hopkins desta segunda-feira (27/4) aponta que há mais de 2,9 milhões de casos confirmados de coronavírus e mais de 206 mil mortes em todo o mundo por complicações da COVID-19.
No Brasil, foram registradas 4,2 mil mortes provocadas pela doença e mais de 61 mil casos confirmados em todo o país, segundo balanço recente do Ministério da Saúde. Assim, a taxa de mortalidade no país (a relação entre mortes por casos confirmados) é de 6,8%. Todos os Estados já têm óbitos confirmados.
Desde 19/3, o Ministério da Saúde deixou de divulgar a quantidade de casos suspeitos e, dois dias depois, passou também a considerar que há casos de transmissão comunitária do vírus em todo o país. A transmissão comunitária ocorre quando há casos em que não é mais possível identificar a cadeia de infecção. Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. A situação é diferente de quando há apenas casos importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da infecção.
São Paulo segue liderando o ranking de número de contágios e de óbitos no Brasil. O Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo mostra que o percentual de isolamento social no Estado foi de 58% no último domingo (28/4). A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, inclusive com apoio das prefeituras.
A Prefeitura de São Paulo realizou nesta segunda-feira uma ação para o combate ao coronavírus na Zona Leste da capital. Duas faixas da Radial Leste, uma das principais vias da cidade, foram bloqueadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET. A iniciativa faz parte de uma ação conjunta das Secretarias Municipais da Saúde, Mobilidade e Transportes e Guarda Civil Metropolitana para dar orientação e prevenção sobre COVID-19. Além de informativos, também foi feita medição de temperatura dos motoristas. O prefeito Bruno Covas disse que a proposta é educativa e que a gestão municipal estuda realizar a operação em outros pontos da cidade.
Nova Zelândia reduz nível de alerta depois de ausência de novos casos
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou que o país conseguiu vencer uma importante batalha contra o novo coronavírus, ao não registrar mais casos de contágios locais. Por este motivo, o nível de alerta foi reduzido em um nível, do máximo de 4 em que se encontrava. Algumas empresas, estabelecimentos que entregam comida e as escolas foram autorizadas a reabrir as portas. Ardern, no entanto, recordou que não existia nenhuma certeza sobre o momento em que o risco desaparecerá por completo.
Coronavírus no mundo
Na Espanha, crianças com menos de 14 anos, que foram trancadas em casa para evitar a disseminação do coronavírus, conseguiram sair às ruas ontem, após 42 dias de isolamento. Mas sair não significa voltar à vida de antes. Os mais novos devem estar acompanhados de um adulto, não podem brincar com os vizinhos, nem se distanciar mais de 1km de casa, tudo isso por não mais de uma hora. Os parques ainda estão fechados. Com um total de 23.190 mortes, é o terceiro país mais afetado no mundo pela pandemia.
Os Estados Unidos se aproxima dos 1 milhão de casos confirmados de COVID-19. São quase 55 mil mortos pelo vírus no país, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Mesmo sendo o epicentro da doença no mundo, nesse fim de semana, a onda de calor na Califórnia levou multidões às praias do estado. Banhistas e surfistas aproveitaram o mar de praias que, inicialmente, estavam fechadas.
Um novo grupo de estados estadunidenses está se preparando para suspender nesta semana as restrições de circulação causada pela epidemia, indo contra os avisos de muitos especialistas em saúde pública. O objetivo é reduzir a taxa de desemprego que, segundo a Casa Branca, deve chegar em 16% ou mais neste mês.
A Europa viu uma luz de esperança ontem, quando Itália, Espanha e França registraram o menor número de mortes em semanas desde o início da pandemia. A tendência de baixa observada há dias leva vários governos a planejar medidas para flexibilizar o confinamento. A Organização Mundial da Saúde recomenda que o relaxamento deve ser feito de maneira lenta e gradual, e não de uma hora para outra. Também reitera que a melhor medida contra o vírus é o distanciamento social. Outros países europeus como Alemanha, Áustria, Dinamarca e República Checa já iniciaram uma abertura lenta e gradual de suas economias após semanas de confinamento.
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