A China começou a testar tecnologias reutilizáveis durante uma viagem ao espaço. Um veículo Long March 2F decolou no último dia 04 de setembro do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan colocando a aeronave experimental em órbita. O evento foi noticiado pelo portal de notícias Xinhua, que revelou que o lançamento foi um sucesso. Ainda de acordo com a mídia estatal chinesa, a espaçonave deve retornar ao local de pouso programado na China após um período de operação.
A tecnologia reutilizável é objeto de estudo dos pesquisadores chineses, que tem como objetivo baratear os custos dessas operações. A China Aerospace Science and Technology Corp. (Casc) já havia divulgado em 2017 o desenvolvimento de um avião espacial de estágio único para órbita até 2030. Para 2045, o objetivo é um ônibus espacial movido a energia nuclear. Na mesma oportunidade, o país afirmou que começaria a fazer testes com naves reutilizáveis em meados de 2020. Com a promessa cumprida, a intenção é continuar promovendo voos para verificar a capacidade de relançamento e uso repetido destes foguetes.
Outra grande estatal do país, a China Aerospace Science and Industry Corp. (Casiv) tem priorizado seu próprio avião espacial, o Tengyun. Segundo a empresa, o processo envolvendo a Tengyun é totalmente diferente do executado pela SpaceX. Isso significa que o equipamento dela pode decolar de um aeroporto comum para transportar aeronaves em órbita. “Isso trará uma revolução para o transporte aeroespacial futuro”, ressaltou a companhia.
Planos de exploração espacial fora do Sistema Solar
Em 2019, o governo chinês anunciou um projeto de exploração espacial fora do Sistema Solar. O objetivo da CASC é encontrar planetas adequados para a vida. Uma série de naves com telescópios, detectores infravermelhos e outros sensores será lançada para procurar água e medir características que garantem a sobrevivência dos mais diferentes organismos presentes na Terra.
O diretor executivo da CASC, Yuan Jie, anunciou que os chineses pretendem construir uma estação orbital perto da Terra e uma base na Lua, que será concluída até 2045. O local será construído em formato de T, com o módulo principal ao centro e uma cápsula laboratorial em cada lado. Na parte central de 16,6 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro, funcionará o centro de controle e gerenciamento. O módulo principal terá capacidade para três tripulantes e um sistema de renovação de recursos como água e oxigênio.
Veja algumas imagens sobre a preparação para o lançamento do Long March-5B, que decolou em maio de 2020 carregando uma versão de testes da cápsula que ajudará na construção da estação espacial: