A expansão da indústria automotiva na China gerou o aumento da demanda por couro vindo do Brasil. No primeiro semestre de 2024, o gigante asiático comprou cerca de 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros.
A matéria-prima é usada, em grande escala, na fabricação dos estofados de carros elétricos. Diante do aquecimento da demanda, a expectativa do setor é fechar o ano com crescimento em relação ao ano passado.
Entre janeiro e junho, a China adquiriu 39,17 milhões de metros quadrados de couros e peles. Isso significa um aumento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2023. Essas compras indicam que os chineses responderam por 30% do faturamento das exportações brasileiras de couro.
A produção de automóveis e calçados na China está em ascensão, o que gerou um retorno à produção e ao consumo nos patamares pré-pandemia.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente no primeiro trimestre de 2024, os curtumes receberam 9,32 milhões de peças inteiras de couro cru, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
Com uma disponibilidade maior de matéria-prima, os curtumes brasileiros continuam se adaptando e expandindo suas exportações, aproveitando a crescente demanda.