Foto de capa: Xinhua
A China foi o primeiro país a sentir os efeitos da grande crise sanitária causada pelo novo coronavírus. O surto teve início na cidade de Wuhan, na província de Hubei, e provocou uma rápida infestação, contagiando milhares de pessoas. O governo chinês agiu rapidamente, fechado esta e outras cidades e regiões onde os focos de disseminação foram encontrados, e impedindo o fluxo externo de pessoas no país. Em meio ao caos, a China recebeu a compaixão de outras nações.
Pouco depois do início do surto, o Japão doou máscaras e enviou outros suprimentos médicos à China. Os chineses se mostraram surpresos e até mesmo emocionados com o gesto do país vizinho, e houve uma reaproximação geracional entre os dois países. Além disso, houve uma mobilização internacional pela pronta recuperação do gigante asiático.
Nos meses a situação se inverteu: com novos focos de contaminação pelo coronavírus se espalhando pelo mundo, foi a vez da China retribuir as gentilezas: o governo chinês enviou equipes de especialistas e equipamentos médicos não apenas para o Japão como também para a Itália, para a Coreia do Sul, para o Irã, para o Iraque, para o Paquistão, para a Espanha, para as Filipinas, entre outras regiões, além de ter doado mais de 20 milhões de dólares para a OMS – Organização Mundial de Saúde.
O Brasil recebeu doações tanto do governo chinês quanto de empresas privadas. Em maio, uma carga de 2 toneladas composta por roupas de proteção individual, máscaras cirúrgicas, óculos de segurança e luvas descartáveis foi doada pela China ao governo brasileiro. Em julho, uma doação de EPIs feita pelo governo de Xi Jinping, avaliada em R$1,5 milhão, foi destinada às comunidades indígenas da Amazônia.
Os governos chineses locais também trocaram gentilezas com cidades brasileiras. As cidades chinesas de Fuzhou e Dongguan fizeram uma doação de 80 mil máscaras de proteção para Campinas (SP), para ajudar no enfrentamento do novo coronavírus. As três são cidades-irmãs há muitas décadas. Xangai fez o mesmo: doou 50 mil máscaras para sua cidade-irmã, São Paulo. O governo paulistano também recebeu doações de Shenzhen.
As gentilezas também chegaram da iniciativa privada. A empresa chinesa Fosun, por exemplo, fez uma doação de 2 mil máscaras de proteção, 9,6 mil testes do tipo PCR e equipamentos necessários para a leitura dos testes ao governo do Distrito Federal. O Banco da China forneceu 50 mil máscaras e mil uniformes destinados ao tratamento de pacientes diagnosticados com coronavírus na capital paulista.
O Ibrachina também fez diversas contribuições com governos locais e com projetos sociais para ajudar no combate à pandemia no Brasil. Junto com a Igloo Network e a PRINT IT 3D, fez uma doação de mil máscaras de proteção para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Totens de álcool-gel também foram fornecidos pelo Ibrachina às cidades de Campinas (SP) e Foz do Iguaçu (PR).
As doações feitas pelo Instituto também chegaram a projetos sociais de Minas Gerais, que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade, e de Penápolis (SP). Em São Paulo, os equipamentos de proteção individual e alimentos não perecíveis foram entregues, respectivamente, à comunidade de Heliópolis e à população de Paraisópolis.